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sábado, 6 de dezembro de 2008

Um Certo Homem Virtual


Havia em seu rosto então, um tímido sorriso.
Qse que chegava a esboçar uma alegria que ficara distante, lá atrás, num lugar perdido no tempo que não volta mais. A alegria vive ainda, porém mais reservada, contida.
Seu olhar revela a inquietude dos homens perdidos, mas, que busca ainda a cor da vida.
Sua alma é reveladora, se esconde atrás do personagem que fica, qdo o pé direito está de saída.
Metade de si deseja um abraço tão simples, envolvente, mas, seu olhar busca um beijo de partida. Um toque de liberdade nos lábios molhados de mulher, mesmo que seja mentira.
A outra metade, impotente diante da realidade quase incolor... Num tabuleiro preto e branco; ele joga com a razão com o sentimento adversário do amor.
Move as peças a tanto tempo que nem sabe mais se quer ganhar ou perder. Em qual lado estará? Onde ficou o homem e surgiu o pai? Não pode beijar a filha, onde estará então aquela mulher?
Com alegria contida; asas cortadas, ele se refugia nos braços da mãe, hoje simbolizada por uma telinha. Envolvido em seu abraço, seus dedos a tocam sentindo prazer.
Havia em seu rosto então, um grande sorriso radiante permitido; lá atrás, num lugar protegido, no assento seguro da paz.
Elaine B.B
3/12/08

2 comentários:

jguillens disse...

Tem tudo haver, parabens vc escreve bonito mesmo.

ErikaH Azzevedo disse...

Menina, menina, e tu vens falar de poetica, e o que dizes desses texto hein...lúdico e ao mesmo tempo conflitante, um homem feito de metades que buscam sempre ser o inteiro..é bonito, é triste, é diferente esse tipo de amar sim mas reconheço que não existe mesmo uma forma só de amar né.... eu só acho que possa ser mais doloroso se a pessoa nao tiver preparada e o preparar tem a ver como o que ambos designam pra si, data marcada pro encontro ou um se encontrar no infito....vai depender do combinado.

Uma coisa é fato!
..dessa telinha que falamos estão depositaos muitos dos nosso sonhos.

Adorei mesmo o texto.

Bjos meus!

Erikah