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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Mais Uma Vez, Força! Vamos pintar!


Pinta seus soldadinhos de chumbo,
Com chuva colorida!
Pinta de branco seu muro de arrimo,
Pintando de trégua a sua correria.
Pinta seu coração já escuro,
Pinta uma flor nessa ferida.
E naquele amor que foi embora,
Deixando você só na vida...
Pinta uma lata e joga fora,
Esse “amor” não te merecia!
Pinta de real aquele sonhado beijo.
Trás pra cá quem na tela se escondia,
E o cinza do seu virtual desejo...
Pinta de vermelho fogo no seu dia.
Pinta no veio d’água um rio,
Para as emoções se extravasarem,
Pinta na sua mesmice um cio...
Para seus hormônios acordarem!
Pinta de você mesmo seu vazio,
Depois pinta mais alguém...
Pinta de "livre" sua placa de "ocupado",
Pinta uma chance pra outra pessoa também.
Pinta de entusiasmo sua dor.
Joga um pink nesse luto ultrapassado
Enterre o passado e pinta nele um novo amor!

Elaine Barnes(foto olhares- autor candice Tomé?
OBrigada a todos que estão dando uma força no blog Dancing Daysdo meu amigo Serginho,gostaria muito que visitassem, ele está começando agora na blogosfera.Tenho certeza que não irá se arrepender.Obrigada de coração amigos!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Como Soldadinhos de Chumbo


Naquele dia houve ausência de alegria.
Faltava entusiasmo e era isso que pegava.
Onde estava aquela motivação?
O telefone não tocava...
A alma parecia que chorava,
Na mais absoluta falta de entusiasmo!
O sol castigava e ela suava.
O desanimo se apresentava
quase com sarcasmo.
De repente dos olhos lhe saltaram lágrimas. Escaparam!
Saltitavam aos poucos como a não saber o caminho.
Estavam perdidas.Nem de alegria, nem de tristeza.
Quase um espanto. Iriam pra onde?
Qual o caminho e porque tinham que se apresentar feito soldadinhos de chumbo?
Naquele dia ela percebeu que fora um ouvido, ombro, colo para tantas lágrimas perdidas...
E agora tinham as suas que não eram ouvidas, não tinham som nem motivos...Estavam no mundo.
Talvez alguma gaveta fechada as guardou e agora simplesmente queriam sair, mas, pra quem chorar? Chorar o quê? O profundo?
Aquela angústia vinha da alma. Ouviu a chuva lá fora, viera lavar o calor com o entardecer.
Precisava dar um caminho para as lágrimas em fila que teimavam em marchar.
Foi na chuva e deixou que se misturassem com ela à vontade no chão. Era o mais profundo que podia oferecer. Ao menos ele as ouvia e mostrava o caminho. Na falta de entusiasmo descobrira que ela não era um rio, era só um veio d’agua.

Elaine Barnes ( Sobre o post anterior "Desafio" Foi escrito e me dado com muito carinho pela excelente poetisa e amiga Sandra Botelho do blog " Meu Aconchego")Ela escreve muito bem e é muito querida aqui na blogosfera. Obrigada Sandra!
23/04/10

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Desafio


Aquele que:
Cai a um simples toque,
Foge a um simples não,
Parte diante da primeira dor,
Esquece bem rapidamente.
Não entende um simples olhar
Não corresponde a um toque,
Não fica para ver a rosa desabrochar.
Tem medo de todas as batalhas,
Fecha os olhos ao sentimento,
Não admira cada momento,
Não sabe dividir,
Não sabe se calar,
Não sabe perdoar,
Vive a buscar por mais e mais,
Foge sem razão nem explicação,
Acovarda-se diante da dor,
Não sorve o orvalho da flor.
Aquele que é sozinho demais para se livrar de seus ais,
Foge mesmo do amor sem motivos nem sinais,
É um forasteiro da vida.
Alguém que não se entrega com medo da solidão,
Vive em sua própria companhia,
Sonhando que uma princesa lhe aparecerá um dia.
E ele espera...
E o tempo passa...
E os amores vêm e vão, como folhas secas ao chão.
Ninguém nunca entra em seu coração.
Ele não permite.
Até que não haja mais vida
Para esse pobre velho homem
Que da vida esperou demais
Agora morre sem ter nada mais.

Autor(a) ?
Este texto foi escrito por alguém aqui da blogosfera.De seu palpite e deixe no comentário. Quem você acha que escreveu esse texto?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Medo Quebrado?



O que há atrás da cortina?
O que esconde o inconsciente?
A janela que descortina os mistérios da mente,
São estrelas longínquas, mas, reluzentes;
Um brilho que ofusca as profundezas do ser;
Iluminando as correntes que impedem de correr!
Passos lentos...O medo quebrado.
A descoberta, o elo, o tempo, a experiência...
O pouco é muito. O passo é curto.
É correr estando parado...
Dormir estando acordado. É vivência.
A cada véu que vai ao chão...
O que fazer com essa nudez?
Sem barreiras, os elos partindo?
Era uma vez...
Uma alma feliz e um espírito perdido.
O que fazer com a liberdade alcançada?
Bem...Sempre se tem a escolha.
Consciência de si, folha por folha.
Descobrir os próprios limites.
Aprender a dizer não.
Atrás da cortina, dos véus de Ísis...
Estou “Eu” então?

Elaine Barnes 1998

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vulgar


E assim, vestida de carnaval,
Reuni-me com as amigas.
Todas lindas e animadas,
Em nossos vestidinhos,
Todas maquiadas e perfumadas,
Capricho Total!
Dentro do carro, no caminho...
A farra já era grande.
Lá a fila estava gigante!
Vários ambientes pra dançar,
Forró, sertaneja e espuma no ar!
Muita alegria, carnaval contagiante.


Altas horas de suor e cerveja...
A banda chamou mulheres ao palco,
A proposta era tirar a calcinha.
Streep tease gratuito de salto.
Os homens ao delírio;
Soutiens na mão, calcinhas no chão.
Algumas em nu explícito!
Vulgaridade e provocação.
Triste realidade . Sem valor,
Essas mulheres fizeram sexo
Com centenas de homens sem razão.
Em nome da apelação!

Elaine Barnes fevereiro de 2009

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Feita de Tigela


Era frágil demais!
Fazia lembrar-me uma frase boba que falavam quando eu era criança “Não me toques, não me reles que sou feita de tigela”.
Nem sei porque me lembrei disso agora, podia no mínimo ter tido um lapso de memória.
Há anos sua fragilidade era um disfarce, na verdade era corroída pela raiva inconsciente.
Não adiantava a vaidade, a vontade de crescer, ficar mais bela...
No final, um movimento repetitivo em sua vida lhe roubava a proteção e a beleza. Estava farta disso. Sempre a mesma coisa! Doía e chorava lágrimas de sangue vítima de fracasso que gotejava frustração. Uma armadilha!
Um dia encontrou uma resistência maior, mais forte, corajosa, determinada e viu-se finalmente livre. Não mais iriam diminuí-la. Não mais seria vítima de tanto atrevimento. Finalmente cresceu; desabrochou. Orgulhosa de si experimentou até se exibir com adornos nunca antes usados, há tanto tempo guardados.
Perdeu a vergonha de tocar, de se mostrar e não precisava mais se esconder.
Despontava até uma certa vaidade,por que não dizer: paixão?
Era frágil sim, mas, ninguém precisava saber. Ela agora recebia carinho, sua vida ganhava cor, uma sensação nova, ousada...Como pode uma novidade mudar um comportamento? Vigiar, cuidar, ficar mais atenta e admirar a simplicidade de crescer? Mas, tanto esforço e autocontrole de nada adiantou.Numa daquelas distrações em meio à pressa, já preparada pra ir a uma festa, quando foi fechar a janela...Clac! Lá se foi a frágil e bela unha. Que raiva viu!
“Não me toques não me reles que sou feita de tigela”.
A vida que há em todos os seres é tão frágil feito tigela e tudo muda tão rápido quanto o fechar de uma janela;pode ter um duplo sentido nela.

Elaine Barnes (Minha unha a qual descrevo aqui ficou preta e vai cair infelizmente)
Foto site Olhares autor- Jorge Vieira
O blog Menina Robô está fazendo 1 ano! E a Kariny, autora do blog, lançou uma blogagem coletiva para comemorar e vai ter até prêmio! Participe você também! Saiba como AQUI.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Felicidade Triste



Estranho o tema não é?
O que vai a minha cabeça
É a linha tênue que passa por um pé.

Pé do ouvido...
Pé de marido...
Pé de filho...

Num momento a felicidade eterna de poder ouvir:
Juras de amor...Elogios...Reconhecimento...
Em outro ouvir notícias tristes...Brigas...Calúnias...
A felicidade do dom de ouvir resiste, mas, cai no esquecimento.
O ouvido seleciona o ruim e a alegria se vai num pé de vento.

Pé de marido feliz caminha ao nosso lado!
A direção é a família e ele anda com a gente.
A felicidade é ter os pés juntinhos na cama,
Aquele que deixa o lugar sempre quente...
Quando ele se vai a tristeza é que manda;
Esquecemos de lembrar que temos os próprios pés,
E que mesmo sozinhas a gente anda.
A felicidade está no caminho e como trilhamos,
Até quando a gente "dança".
O resultado somos nós que criamos.
Feliz é quem tira os pés da lama!

Ah, ainda tem o pé dos filhos;
Que dão no pé da liberdade.
E a juventude pode tudo...
Em nome da sua verdade!
Tem a vida toda pra lembrar
Pra fazer, refazer e pra mudar...
Tem um pé lá outro cá,
Saber que podem voltar,
Isso já é uma eternidade!
Quando tristes pelas desilusões,
Com tão pouca idade...
Calam-se, sofrem e também esquecem
Que a felicidade está no seu lugar,
Na liberdade de poder experimentar,
Errar e todo tempo pra concertar.

Entre um pé na realidade e outro na fantasia,
Vamos vivendo entre a tristeza e a alegria;
Com um pé na cova, mas outro na folia!
Batemos com o pé na teimosia,
Damos um pontapé no medo de amar,
Porque a felicidade fica triste mesmo...
Quando a gente lembra que tudo vai acabar!

Elaine Barnes" Mas no fim, tudo da pé, é só acreditar em Deus e pé na tábua."Palavras de Wanderley Elian Lima
(Foto site olhares- autor: Jorge Coelho)
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Mendigo Eremita



Lá vai ele vestido em seu manto maltrapilho, usado em dias assim de céu cinzento.
Tem um guarda-roupa particular:
Nos dias ensolarados, bermuda, peito desnudo e no ombro sua vida de contornos indecifráveis. Ao vir à chuva, um capuz sobre a cabeça completa sua vestimenta escura e sombria.

Perambula por todas as estações do ano com seu cajado e um cobertor enrolado, pendurado em seu ombro feito um alforje. Inseparáveis!
Ele e seus pertences são um só a caminhar a ermo na avenida Luis Dumont Villares.
Com pés descalços volteia as estações do metrô carregando o silêncio de um eremita.
Evita as pessoas, não fala com ninguém, mas sua voz ecoa através das janelas dos escritórios.
Um grito de solidão!
Quando o sol escalda o asfalto, o canteiro gramado lhe oferece um sofá de pedra sem a sombra das árvores.
Ali ele senta-se como um rei, coloca seu tesouro ao lado e medita;
sua pele reluz ungida em suor, horas a fio; como se não sentisse o calor.
Recusa a sombra da árvore; talvez a visse como intrusa no seu deserto, que pudesse roubar seu coração. Talvez já a conheça tão bem e já viva em sua própria sombra de ilusão.
Parece alimentar-se de pensamentos; enquanto alguns curiosos alimentam-se de julgamentos, mas no fundo invejam aquele poder de concentração.
Quando o sol se põe e o céu se fecha, ele se ergue como das profundezas da sua alma vitorioso e cheio de si. Não transparece nenhuma dor.
Ninguém sabe o que o leva a seguir pela chuva que cai, sempre na mesma ação.
Alguns já disseram que na calada na noite, às vezes fica nu, e pragueja quem se aproxima dele.
O chamam de louco e atormentados por sua nudez ébria; seu sexo exposto; livre pela avenida...Chamam à autoridade , cuja sirene reconhece como barulho de algemas.
Reage com soberba de um rei; arrogância sem ganância e prepotência de quem não precisa de ninguém.
Acredita-se que lhe dão um banho, tosam seu cabelo, alimentam sua barriga magra e o devolvem à avenida. A quem diga que apanha também.
O dia amanhece e lá está ele novamente vestido do seu tesouro; caminhando a ermo por sua imensa casa, como a medir sua extensão pra saber se tudo continua estático. E ele como único ser, se movimenta.
A chuva molha as vidraças e o mendigo eremita. Ninguém se importa. Ninguém lamenta.
Nem ele.
Talvez o mundo o tenha abandonado e talvez ele tenha abandonado o mundo.
Quem sabe se a avenida é a única amiga que escolheu?
Só ela conhece seu nome,seu pisar, seus segrêdos e sua voz.
Só ela entende seus nós em seu olhar perdido, misterioso, mas... Profundo.
Elaine Barnes

16-12-2008
(Observei esse mendigo mais de um ano e outros também,esse foi o que mais me chamava atenção por não falar com ninguém)
Peço desculpas aos amigos que não estou visitando,ando trabalhando demais até às 22h há 15 dias,só estou retribuindo as visitas sem seguir o painel,assim que normalizar irei em todos que estou em falta.Hoje estou indo a Bauru no casamento do sobrinho, terça estarei de volta. Obrigada a todos pelo carinho.Bjs

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais Uma Vez...Pinta Vai!


Pinta de novo vai!
Gostei da flor no teu rosto,
Pintado, iluminado de sol!
Pinta a vidraça do teu cafôfo...
Pinta um peixe sem anzol!

Pinta mais um pouco vai!
Põe verde claro no quintal,
Pinta suas pernas, braços...
Pinta na linha reta um caracol!
Pinta na distância um abraço...
Pinta uma companhia,
no solitário farol.

Pinta mais um pouco vai!
Pinta no chão a subida do morro,
Pinta um coqueiro genial!
Pinta o ôco do côco,
E nas patas do cachorro... Digital!
Pinta mais um pouco vai!
Pinta a salvação do socorro,
Pinta de brisa seu vendaval!
Pinta teu demônio mais louco...
Pinta nele um anjo especial!

Pinta a ação nas palavras perdidas
Pinta na ilusão um mundo real;
Pinta um amor no teu coração partido...
E na tua solidão, a cura desse mal!

Elaine Barnes
8/10/2008