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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Os Dementes.



Loucos do abismo, almas feridas.
Perdidos na inconsciência, sem aplausos da vida.
Vaias da carência, abandono da lucidez,
Ora sapiência, ora insensatez.
Quem poderá julgá-los, se todos nós somos um pouco?
E ao ignorá-los? Não seremos mais loucos?
Nos dementes disfarçados aplaudimos a sabedoria;
nos curvamos enganados no que acreditamos um dia.
Serão eles; sementes plantadas na amargura... ou
árvores com frutas ausentes perdidos na estrutura?
Talvez pedras brutas, atacando pra defender seu mundo imaginário,
fechando em paredes a vida, escondidos atrás do muro .
Mergulhados em pânico profundo, alguém emergiu do lago.
Uma imagem refletiu-se no espelho. Olhou sem reconhecer o companheiro.
Cospiu palavras num monólogo solitário, no eco da solidez.
" Quem dera ser louco senhor!
Não sou nem um pouco, só estou num beco sem saída.
Bebi muito depressa a vida, que me causou essa embriaguêz!
Minh´alma está bêbada amigo! Só isso."
Elaine Barnes

Redação que fiz em 1994

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