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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Para Choque Amarrado = Rabo Preso


Num breve momento de inspiração,
Peguei o papel na gaveta.
Sem saber o que escrever segurei a caneta.
Lembrei de você preso em uma teia...
Teia de aranha negra.

Em nome da inteligência,
Julgou-se muito pra mim.
Deixou-se seduzir pela corpulência,
Que de castigo era muito pra você.
Ela te envolveu numa teia;
Prendeu-te com ares de seda.

Você virou aresta,
Brinquedo de infância,
Coisa sem importância,
Esgrimista de criança.

Logo virou carro velho,
De para choque amarrado,
Com o próprio vergalho.

Rabo preso ainda enche a barriga!
Casamento de bigorna com bigorrilha.
Bodas de bobina!
Rabo preso em teia de malha vermelha,
Com ares de bombom...
Recheado de bombilha,
Embrulhado em teia de aranha negra.

Hoje te vejo com gratidão.
Guardo você como lição,
Toda ação recebe uma reação.
Sentada em camarote simples
Assisto você amarrado em trono de rabo...
Cheio de riqueza intelectual e material, sem falo.
Tão pobre de amor, guardado...
Escondido num canto, na ilusão que ninguém vê,
Sua bunda descoberta.
Ensinou-me a não depender de ninguém,
E o seu desdém me deu maturidade,
Sigo livre pela estrada!
Obrigada...Obrigada!


Elaine Barnes( Com o rabo livre pra escolher o papel e a caneta)

3 comentários:

Ariadne disse...

Querida amiga, não é de hoje que avalio, mas vivemos a mesma história, me identifico demais com seus textos. Beijos!

Elaine Barnes disse...

Acredito que as histórias são as mesmas, só a maneira de agir, reagir e sentir, são diferentes.
Obrigada pelo carinho. bjão!

Marcia G. disse...

hahaha! analogias profundas!