Quando era pequena achava que uma mulher de trinta anos era velha e me imaginava nessa idade, tão distante! E hoje chego aos cinqüenta me sentindo aquela menina. É incrível como dei uma imensa volta para buscá-la. Com o tempo entendi que precisava encontrar minha criança, cuidar dela, pedir perdão e com amorosidade trazer sua essência. Resgatar sua pureza. Traze-la de volta a vida! O brilho da purpurina que tantas vezes vi nos meus sonhos morreu no borralho e me perdi com ela na culpa de ter nascido.
Abandonei a mim e a ela por longos anos. Resignei-me, mas, não me indignei o suficiente, aceitei a culpa e vivi. Tinha algo em mim que sempre atraia pessoas, talvez um sorriso franco que dava a certeza que um dia me reencontraria. Muitos amigos eu fiz, muitas traições sofri, muito de mim perdi, mas, verdadeiros amigos, anjos de luz, me estendiam tapetes pra que eu encontrasse o chão. Minha criança ainda assustada guardava meu melhor com medo que eu brilhasse e não soubesse mais viver sem rejeição.
Vi minha prima se suicidar, vi minha mãe ter o mesmo fim, mas, eu havia dado a luz e isso ninguém tiraria de mim! Criei minhas filhas com muita criatividade e minha criança escapava pra brincar junto. Eu me amava tão pouco que esses momentos de plenitude me deixavam livre para voar.
Minha menina interior estava viva sim! Aos trinta e cinco anos comecei a fazer uma amizade forte com o papel e a caneta. Escrevi coisas simples, desabafei e partilhei os segredos tristes da minha vida com eles. Dei vida a personagens infantis e assim fui resgatando a pureza da minha alma.
Confessei em tantas folhas que queria ser feliz, me amar, precisava me dar valor e sentir importante pra mim mesma. Entendi que as palavras têm muita força, mas, que precisaria muito mais pra mudar a realidade que eu mesma havia criado. Precisava de atitude! Começar a colocar limites nas pessoas, pois era abusável. Aprender a me aceitar pra poder mudar. Longo tempo... Muita terapia e ajuda dos anjos amigos. Se fosse escrever um livro com todas as etapas e detalhes, mais as emoções, também seria longo, muito mais que esse texto. E escreveria outro só pra essa menina que hoje não faz tipo, não chora se não agradar, que assume as artes que faz, que defende seu lugar na fila, que se olha no espelho e sente-se feliz com o que vê; essa criança que muito quer descobrir; que muita coisa não viu e ainda quer ver; que hoje tem amor pra distribuir; que tem sorrisos pra ofertar, que renasceu livre pra voar nas asas da coruja; que não se permite ser humilhada como outrora, que ao voar alcança o sol!
Abandonei a mim e a ela por longos anos. Resignei-me, mas, não me indignei o suficiente, aceitei a culpa e vivi. Tinha algo em mim que sempre atraia pessoas, talvez um sorriso franco que dava a certeza que um dia me reencontraria. Muitos amigos eu fiz, muitas traições sofri, muito de mim perdi, mas, verdadeiros amigos, anjos de luz, me estendiam tapetes pra que eu encontrasse o chão. Minha criança ainda assustada guardava meu melhor com medo que eu brilhasse e não soubesse mais viver sem rejeição.
Vi minha prima se suicidar, vi minha mãe ter o mesmo fim, mas, eu havia dado a luz e isso ninguém tiraria de mim! Criei minhas filhas com muita criatividade e minha criança escapava pra brincar junto. Eu me amava tão pouco que esses momentos de plenitude me deixavam livre para voar.
Minha menina interior estava viva sim! Aos trinta e cinco anos comecei a fazer uma amizade forte com o papel e a caneta. Escrevi coisas simples, desabafei e partilhei os segredos tristes da minha vida com eles. Dei vida a personagens infantis e assim fui resgatando a pureza da minha alma.
Confessei em tantas folhas que queria ser feliz, me amar, precisava me dar valor e sentir importante pra mim mesma. Entendi que as palavras têm muita força, mas, que precisaria muito mais pra mudar a realidade que eu mesma havia criado. Precisava de atitude! Começar a colocar limites nas pessoas, pois era abusável. Aprender a me aceitar pra poder mudar. Longo tempo... Muita terapia e ajuda dos anjos amigos. Se fosse escrever um livro com todas as etapas e detalhes, mais as emoções, também seria longo, muito mais que esse texto. E escreveria outro só pra essa menina que hoje não faz tipo, não chora se não agradar, que assume as artes que faz, que defende seu lugar na fila, que se olha no espelho e sente-se feliz com o que vê; essa criança que muito quer descobrir; que muita coisa não viu e ainda quer ver; que hoje tem amor pra distribuir; que tem sorrisos pra ofertar, que renasceu livre pra voar nas asas da coruja; que não se permite ser humilhada como outrora, que ao voar alcança o sol!
Poderia se chamar: "O que e o porquê" rs...
Chego aos cinqüenta feliz por ter superado culpas que não tinha. E o mais importante: Até aqui com dignidade! Hoje sei que meu coração é uma cozinha, mas, conto porquê num outro dia! Por hoje, agradecer a todos que gostam de mim e a Deus que enumeras vezes como um bom Pai, me carregou no colo.
Parabéns Elaine Barnes (metade foi como deu a outra será muito melhor!)
Chego aos cinqüenta feliz por ter superado culpas que não tinha. E o mais importante: Até aqui com dignidade! Hoje sei que meu coração é uma cozinha, mas, conto porquê num outro dia! Por hoje, agradecer a todos que gostam de mim e a Deus que enumeras vezes como um bom Pai, me carregou no colo.
Parabéns Elaine Barnes (metade foi como deu a outra será muito melhor!)
8/09/09
10 comentários:
Meus sinceros parabéns, mesmo atrasado rs, mas passei um periodo sem blog. Desejo tudo de maravilhoso pra vc, com muita saúde e muita paz.
Bjão.
Queria Elaine.Sinta meu abraço fraterno demorado e forte. Parabéns,menina. Isso mesmo...menina.Li seu texto, fiquei emocionado. Vou repetir o que falei ainda hoje no blog de uma amiga Úrsula Avner(entrelinhaseolhares.blogspot.com): "interessante sua transição da brisa ao vento, e no inverso, da maremoto à quietude" . Pois lendo seu texto foi isso que senti. parabéns por essaa fases.Tenho certeza que evoluiu muito .E seu sorriso ainda é o mesmo da menina de 15 anos,cativando as pessoas.Desejo tudo de bom de coração.. Ah, com todo respeito, não parece ter 50 não. beijos
Amiga, vc chega na metade com muita dignidade,tenho certeza que a outra metade (rsrsrs) sera melhor ainda.
Adorei seu texto, mostra a verdadeira menina-mulher que és.BEIJOS quero continuar na sua vida em todas as outras metades.
Desejo ótimo final de semana, com muita paz.
Bjão
Ai ai ai...cheguei atrasada pra festa...rs.
Será que sobrou um pedacinho de bolo pra mim?
Minha querida, ano que vem, se Deus quiser farei os meus 50 anos, me encontrei no teu texto, e muito.
Beijos no coração e meus desejos sinceros de que tudo de bom aconteça na tua vida.
Parabéns!
a idade será sempre uma mera contagem de tempo se não soubermos com ela coleccionar o conhecimento, amadurecimento que como fruta vamos ganhando, doce, suavidade e ternura que com os anos vamos acumulando.
Uma otima semana pra ti querida...beijos fique em paz....
www.olivrodosdiasdois.blogspot.com
Troquei as voltas a um Golfinho feliz
Afagei a cria de uma Baleia azul
Confundi uma nuvem com ilha encantada
Perdi-me na rota entre o Norte e o Sul
Aprisionei o olhar de uma gaivota
Enchi a alma com penas de imensa leveza
Enchi o coração de doce maresia
Adormeci nos braços da incerteza
Vem viajar comigo no meu barco de papel
Boa semana
Doce beijo
Parabéns ! como sempre seu texto e lindo, desejo tudo de bom e que vc realize seu sonho mais secreto rsr
Um grande beijo e abraço
Brigada pelas suas palavras outro dia no meu blog, embora eu nao tenha respondido logo, elas causaram profundo impacto sobre mim e me fizeram muuito melhor...
Estou tentando superar as coisas agora, não to legal, mas pelo menos to tentando, e isso nas atuais circunstâncias já é uma vitória
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